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Delegacia de Proteção ao Consumidor decreta prisão de proprietária de clínica de vacinação

Mulher é suspeita de aplicar vacinas vazias, utilizando a mesma agulha em vítimas diferentes, inclusive em crianças

Publicação:

Presa preventivamente proprietária da clínica de vacinação Vacix, em Novo Hamburgo, suspeita de aplicar vacinas vazias
Presa preventivamente proprietária da clínica de vacinação Vacix, em Novo Hamburgo, suspeita de aplicar vacinas vazias - Foto: Divulgação
Por DECON

Policiais Civis da Delegacia Especializada na Defesa do Consumidor e da Saúde Pública, do Departamento Estadual de Investigações Criminais, coordenada pelo delegado Rafael Liedtke, com o apoio da Vigilância Sanitária Municipal, executaram, nesta quarta-feira, dia 14, o cumprimento da prisão preventiva da proprietária da clínica de vacinação Vacix, do município de Novo Hamburgo.

Segundo a denúncia, a presa, farmacêutica, auferia vantagem econômica vendendo vacinas que efetivamente não possuía no estoque da clínica, enganando as vítimas no momento da aplicação do produto. Embora a investigada efetivamente perfurasse a pele das vítimas com a agulha, não injetava nenhuma vacina nas mesmas, uma vez que o produto vendido encontrava- se em falta no estoque do estabelecimento.

Além disso, conforme informantes constantes da denúncia, a presa inclusive utilizaria a mesma agulha em vítimas diferentes, dentre as quais crianças e adolescentes, em especial, vacinas contra a febre amarela e contra a meningite.

Diante da gravidade da denúncia relatada, a autoridade policial representou pela expedição de mandados de prisão preventiva da investigada e de busca e apreensão para a clínica de vacinação e para o endereço residencial da acusada, o que veio a ser prontamente deferido pelo Poder Judiciário da Comarca de Novo Hamburgo.

Desfecho

Durante a execução dos mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão (todos deferidos pela Vara Criminal da Comarca de Novo Hamburgo), os policiais civis e agentes da vigilância sanitária municipal localizaram e apreenderam no interior do freezer da clínica algumas vacinas abertas, com o lacre violado, dentro das embalagens, como se estivessem cheias, porém, totalmente vazias.

Além disso, o cumprimento do mandado judicial de busca e apreensão na residência da investigada resultou na localização e apreensão de diversas vacinas todas vazias no interior da geladeira da cozinha da residência.

O inquérito policial instaurado na Delegacia do Consumidor contra a proprietária da clínica investiga a conduta delitiva da presa, que teria incorrido, em tese nos crimes prescritos: a) no artigo 7°, inciso IX, da Lei n° 8.137/90 (pena máxima de até 5 anos de detenção; b) artigo 171 do Código Penal (pena máxima de 5 anos de reclusão); e c) artigo 273, parágrafo 1°, também do Código Penal (pena máxima de até 15 anos de reclusão).

Após oitiva na Delegacia de Proteção ao Consumidor e da Saúde Pública, em Porto Alegre, a presa foi encaminhada ao sistema carcerário gaúcho, ficando à disposição da Justiça Pública.

Em caso de dúvidas, ligue para o disque-denúncia 0800 510 2828/ WhatsApp e Telegram (51) 8418-7814.

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